O que pensa quando se fala no Outono? Deve pensar em todas as coisas felizes relacionadas com a colheita. Como uma pessoa do Sul, o ambiente e paisagem outonal têm uma duração tão curta que é difícil deixar uma impressão forte nas pessoas, sobretudo em termos de sensação térmica. Porém, por que razão é que as cores outonais que permanecem na nossa memória são tão bonitas? Originalmente, as cores outonais não precisam de ser experienciadas por nós para existirem, estas estão gravadas nos genes da Mãe Natureza, são as espigas de trigo douradas da colheita, as folhas douradas de gingko biloba que pairam suavemente no ar, as árvores de azeitona perfumada que balançam com o vento de Outono, emitindo uma fragrância delicada... Exactamente como descrito por Guy de Maupassant em Um Normando: Outono, esplêndido Outono, guarde o seu dourado e roxo no restante, último, e ainda reluzente, verde, como se a luz solar tivesse se transformado em gotas que caem do céu no mato denso.

Nessa edição de Os Livros e A Cidade, teremos como tema a natureza. Através do texto, abraçamos a natureza e seguimos os traços de caligrafia dos autores para apreciar cada árvore e arbusto nas montanhas e florestas e conhecer as regras da sobrevivência no planalto selvagem, onde se pode ver a beleza não apenas do Outono, mas de todas as quatro estações. Através do “Idioma da Natureza”, os leitores podem conhecer três autores conhecidos com publicações escritas, em torno do tema “natureza”, com diferentes métodos e de diferentes pontos de vistas e ficar a saber como eles pisaram o caminho da descrição da natureza. Na secção do Recurso, também não faltam recomendações do acervo da biblioteca, que consistem em vários livros excelentes de temas variados da categoria da criação literária sobre natureza, permitindo-nos criar uma “concepção da natureza” mais completa.

Nos últimos anos, a Biblioteca Pública de Macau do Instituto Cultural e o Centro de Ciência de Macau cooperaram para realizar “Mundo de Ciência Singular” e “Workshop Divertido – Sessão das Sextas-Feiras: Livros de Ilustração Alusivos à Popularização das Ciências”, eventos de boas-vindas para “miúdos e graúdos”. O “Retrato da Biblioteca” entrevista especialmente o Controlador da Educação e dos Expositores, Leong Si Chong Oscar, e a Técnica (Educação), Nicole Wong, ambos do Centro de Ciência de Macau, que nos desvendam os bastidores dos dois eventos e como as duas unidades cooperam na execução das actividades, passo a passo e de forma perfeita. Já o “Manual da Biblioteca” apresenta uma outra exposição temática “pequena, mas bela”, “Estimular o Apetite”. O evento tem como ideia a coluna com o mesmo nome na conta de WeChat do Instituto Cultural, exibindo 30 livros dos quais foram partilhadas frases no passado nessa coluna, concretizando realmente uma interacção online e offline. A secção “Fala o Autor” dá-nos a conhecer as histórias por trás de “DESVELO • 關愛 • ZEAL”, uma colectânea fotográfica recentemente publicada pelo fotógrafo português de Macau, Gonçalo Lobo Pinheiro, assim os motivos para ele ter focado a sua lente fotográfica nos grupos de idosos carenciados dos lares na pandemia.

“O Ano em que a Terra Mudou” é um programa original recentemente publicado pela APPLE TV+. Este programa interessante relembra-nos, durante este ano e meio em que estivemos sob a sombra da pandemia, sem a influência humana, a ecologia da natureza mostrou uma harmonia nunca antes vista. A “concepção da natureza” dos humanos está a ser redefinida, o que nos urge a valorizar e respeitar a natureza. Através de “ler a natureza” da presente edição de Os Livros e A Cidade, acreditamos que podemos entender melhor a natureza e perceber que é necessário reflectir sobre o verdadeiro sentido de “abrandar” na vida.