Ao falar em autores de vinho na região da Grande China, é com naturalidade que o nome do autor natural de Hong Kong, Lau Wai Man vem a mente (doravante “Ronny”). Trata-se de uma pessoa com um conhecimento profundo e vasto: Presidente de Associação de Autores de Vinhos e Bebidas Espirituosas; Primeiro Enólogo Chinês de Super Tuscan; começou a escrita sobre gastronomia na década 80, dedicou-se à indústria de discos musicais na década 90; criou o primeiro espaço musical em Hong Kong em 1992; ao mesmo tempo é autor de 6 livros sobre bebidas alcoólicas e 2 séries de discos com finalidade de acompanhar com vinho.
Q: O senhor é um experiente músico e especialista em vinhos, nos seus artigos publicados é muitas vezes visto uma combinação de música com vinho, de forma perfeita, pode-nos contar de onde vem a inspiração nessa combinação?
A: Em 2018, a Warner Music convidou-me para fazer um conjunto de álbuns com temas de vinho. Não queria simplesmente escolher e juntar algumas das minhas músicas favoritas e entregar o trabalho dessa forma. Mas sim partir de um ponto de vista mais científico, aí comecei a procurar informações relevantes. E descobri que a Universidade de Heriot-Watt, da Escócia, fez um estudo "Wine & Song", que provou, de forma preliminar, que diferentes tipos de música de ambiente afetam o sabor de vinho, sem nunca ter investigado as suas razões, a combinação de vinho com determinada música recomendada não é aplicável nos nossos hábitos quotidianos. Eu tentei então separar o vinho e a música, encontrar as partes correspondentes e depois combiná-las para criar minha própria teoria "Music & Wine". Por exemplo, vinho espumante é combinado com música relaxante, em que cujo ritmo é como as bolhas de espumante a rebentar na boca, fazem com que haja um ambiente festivo agradável.
Q:Pode-nos contar a história na escrita do novo livro?
A:O último livro sobre vinhos que publiquei já em 2015-《Vinho antes de Embriaguez》, a editora revelou que a recepção do mesmo foi bastante positiva, e este ano decidi escrever um novo livro. Como viajo até à Itália 5 ou 6 vezes por ano, estou a preparar um volume que combina turismo e cultura do vinho, “Itália – Viagem de Viticultura”, em que se dedica à apresentação de 20 regiões do país, através de fotografias capturadas por mim mesmo, baseada em mais de 10 anos de experiência própria. O conteúdo inclui as grandes e pequenas vinícolas que visitei, os vinhos mais representativos das regiões, os pratos populares locais e atrações turísticas, e os 80 vinhos que levam os leitores percorrer toda a Itália.
Q:Já criou aplicações para os seus livros no passado, trata-se de elemento auxiliar para ajudar no volume de vendas dos mesmos? Que espécie de técnicas de multimédia pensa que poderão acrescentar valor adicional aos livros?
A:Tomando o livro "Linguagem de vinho – Edição de França" como exemplo, por se tratar de um livro sonoro, a utilização na versão digital é mais conveniente em comparação com a versão impressa. Por isso, as vendas de versão digital revelaram ser muito proeminentes, não apenas um meio publicitário, mas também um dos produtos mais vendidos por conta própria. Em conclusão, para desenvolver técnicas de multimédia, devemos primeiro perceber a natureza dos livros, se é apenas um processo de transcrição, substituindo a versão impressa por uma versão digital, receio que não tenha resultados positivos.
Q:Será possível revelar um pouco planos de lançamento futuros?
A:Além de " Itália – Viagem de Viticultura ", este ano também irá ser publicado um novo livro "Top 100 em 2019", em que são apresentados 100 dos meus vinhos favoritos em todo o mundo, incluindo vinho, saké japonês, uísque e assim por diante. Além disso, a terceira edição de 2019 será editada e lançada para "Linguagem de vinho – Edição de França", de forma actualizar informações e introduzir mais espécies de vinho.