Pergunta: Como se processa o auto-serviço de empréstimo e devolução de livros por RFID?
Resposta: Tai Tin Chao (técnico da biblioteca)

“A tecnologia RFID tem sido utilizada em inúmeras bibliotecas no exterior e até mesmo em regiões vizinhas, constituindo um sistema de transmissão de dados de identificação através de ondas de rádio. Dito de uma forma mais simples, cada livro dispõe de uma etiqueta (em inglês, tag) contendo dados sobre o mesmo; esta etiqueta passa então pelo sensor da máquina, permitindo assim ao sistema proceder, em cerca de 5 segundos, às formalidades de empréstimo ou prolongamento do prazo de empréstimo de material bibliográfico.”
Um bom sistema requer igualmente uma base de dados adequada. Antes da implementação integral da tecnologia RFID, os funcionários da biblioteca tiveram de introduzir os dados dos livros na base de dados, actualizar os dados das etiquetas e inserir as mesmas, uma por uma, em cada livro. Até agora, já foi concluída a actualização de mais de 600.000 etiquetas. “A ideia de introduzir este sistema na biblioteca surgiu já em 2013, sendo o mesmo instalado pela primeira vez numa biblioteca-piloto em 2014. No ano passado, o sistema funcionou com grande estabilidade na Biblioteca do Mercado Vermelho (24 horas), o que nos deixou bastante confiantes. Após quase dois anos de testes e ajustes, o sistema actual está estável, estando prevista a sua implementação gradual nas várias bibliotecas públicas da cidade em 2018. Este sistema inteligente não só resolve em grande medida o problema da falta de pessoal nas bibliotecas, como também permite aos leitores procederem autónoma e facilmente ao empréstimo ou prolongamento do prazo de empréstimo.”

Legenda da figura: O rótulo que podemos ver na figura trata-se de uma etiqueta (tag) RFID, a qual permite não só adicionar, alterar e eliminar reiteradamente os dados introduzidos, como também permite substituir os códigos de barras e as faixas magnéticas, reduzindo assim o trabalho de magnetização e desmagnetização durante o processo de empréstimo e devolução de livros.
Que experiências de trabalho teve durante o período experimental da Biblioteca do Mercado Vermelho?
Resposta 1: Lam Kin Seng (Chefia funcional da Biblioteca)

“Na qualidade de responsável pelo período experimental de serviço 24 horas da Biblioteca do Mercado Vermelho, devo dizer que a experiência de alargamento do horário de funcionamento correu muito bem, na medida em que os leitores sabiam que, entre as 20:00 horas e as 8:00 horas, não havia funcionários para a prestação de serviço na biblioteca.
As principais linhas de implementação desta medida incluem: a afixação de placas bem visíveis no interior da biblioteca destinadas a informar os leitores relativamente ao alargamento do horário de funcionamento e à localização da máquina de auto-serviço de empréstimo e devolução de livros. Os leitores deverão estar cientes de que o pessoal da biblioteca não estará disponível durante as horas adicionais de serviço, o que significa que alguns serviços estarão igualmente indisponíveis, como, por exemplo, o serviço de atribuição do Cartão de Leitor, o qual continuará a ser prestado durante o horário de expediente normal. Para obter informações sobre os serviços gerais da biblioteca, os leitores poderão dirigir-se ao pessoal de segurança, o qual está bem familiarizado com os nossos serviços. Em caso de emergência, poderão ser contactados os responsáveis predeterminados, como eu, que procederão à resolução imediata do problema através do telefone, caso possível, ou, que se deslocam pessoalmente à biblioteca para resolução do problema, caso necessário. A biblioteca dispõe de câmaras de vigilância, pelo que os leitores não precisam de se preocupar com a questão da segurança.”
Resposta 2: Lam Ling Ling (Segurança da Biblioteca do Patane)

“Eu trabalhei como segurança na Biblioteca do Mercado Vermelho durante o período experimental de serviço 24 horas. Na verdade, não eram poucas as pessoas que vinham à noite, sobretudo entre as 20:00 e as 21:00 horas. Havia um fluxo diário de mais de 1.000 pessoas. Na altura, pareceu-me uma prioridade da biblioteca tratar do problema de controlo de acesso, pois este requeria sete segundos para abrir a porta a cada pessoa, dando origem a congestionamentos nas horas de maior afluência e causando bastante transtorno. Actualmente, já não há controlo de acesso e a porta está aberta ao público. Um outro aspecto diz respeito ao facto de não ser permitido trazer comida ou bebidas para dentro da biblioteca durante o período nocturno em que não há pessoal, uma regra que espero que todos os que aqui venham possam respeitar.”