Poder da Leitura Divertida na Comunidade

TEXTO_Yvonne Yu FOTOGRAFIAS_Panda Lei/FORNECIDAS PELOS ENTREVISTADOS ILLUSTRADORA_Molly

 

 

Os livros são faróis erguidos no vasto oceano do tempo, e a leitura para todos é irradiar a luz desses faróis para uma área mais ampla, iluminando a essência das almas das pessoas na cidade. A Biblioteca Pública do Instituto Cultural tem-se empenhado, nos últimos anos, em criar energia luminosa para Macau, essa “torre de luz”, promovendo a leitura para todos, infiltrando-a nas comunidades e criando diversos ambientes de leitura para os residentes, difundindo a cultura da leitura. Várias organizações e empresas locais de Macau também estão a participar activamente, e nesta edição especial da agenda da biblioteca, através de diferentes entidades, contaremos suas histórias relacionadas à “Leitura Divertida na Comunidade”, revelando a verdadeira face da actividade “Alegria da Leitura na Comunidade” de Macau. Ao mesmo tempo, através da análise e explicação de académicos, juntamente com uma série de iniciativas interessantes lançadas pela Biblioteca Pública do Instituto Cultural nos últimos anos, vamos aprofundar os detalhes da leitura na comunidade.

Biblioteca dos Trabalhadores - Casa dos Livros para Trabalhadores da Federação

Com o desenvolvimento de construção de Macau como uma “cidade da leitura”, cada vez mais associações se juntam à promoção da leitura, tornando-a a tendência mais moderna. A Casa dos Livros para Trabalhadores da Federação, criada em colaboração entre a Federação Nacional dos Sindicatos da China e a Federação das Associações dos Operários de Macau, é um óptimo exemplo disso. Por meio de diversas actividades de leitura adequadas ao público em geral, como recomendações de bons livros, encontros de partilha de leitura e workshops, além de parcerias com empresas para estabelecer uma biblioteca móvel, eles incentivam as pessoas a enriquecerem as suas vidas por meio da leitura

Actualmente, a Casa dos Livros para Trabalhadores da Federação possui um acervo com quase 3.000 volumes, incluindo obras de humanidades e ciências sociais, política, economia e finanças, livros infantis publicados localmente em Macau, entre outros. É um espaço de leitura dedicado aos trabalhadores e residentes em geral. De acordo com Lam Cheong U, vice-secretário-geral da Federação das Associações dos Operários de Macau e responsável pelo projecto da Casa dos Livros para Trabalhadores, a atmosfera da Casa dos Livros é um pouco diferente da tranquilidade da biblioteca em geral, pois encoraja os leitores a se envolverem e participarem de discussões e partilha de leitura na casa. Portanto, a Casa dos Livros realiza regularmente clubes de leitura, workshops de leitura para pais e filhos, atraindo diferentes leitores para participarem activamente.

Embora a Casa dos Livros para Trabalhadores fique a apenas 2 minutos a pé da Biblioteca do Patane, isso afecta a taxa de utilização da Casa dos Livros? A resposta é negativa. Fong Cho Hou, gerente da livraria, responsável pela gestão diária, relata que as tardes são os momentos mais movimentados na Casa dos Livros. Os moradores locais e estudantes que saem da escola gostam de ir à Casa dos Livros para ler e descontrair, pois além da área tradicional de leitura, a Casa também possui uma área de cultura e criatividade e um bar que oferece lanches leves, criando um ambiente de leitura confortável e diversificado para os leitores. A relação entre a Casa dos Livros e a biblioteca pública é mais uma colaboração complementar, atendendo às diferentes necessidades dos leitores em termos de ambiente de leitura e criando um bom clima de leitura na comunidade.

Além da Casa dos Livros para Trabalhadores, Lam Cheong U mencionou que também estão activamente envolvidos em expandir para o exterior, colaborar com diversas empresas de Macau para promover a construção de bibliotecas móveis, levando a Casa dos Livros para dentro das empresas e incentivando os trabalhadores a cultivarem o interesse pela leitura, para que a cultura da leitura se possa infiltrar nas empresas. Em Abril deste ano, a Federação das Associações dos Operários de Macau levou, pela primeira vez, a biblioteca móvel para empresas de lazer em Macau, em colaboração com a Melco Resorts & Entertainment Limited, realizando a “Galeria do Conhecimento para Colegas”, que recebeu muitos feedbacks positivos. O vice-presidente de recursos humanos do Studio City, Veron Mok, disse que a biblioteca móvel é muito bem recebida pelos colegas. Os trabalhadores afirmaram que a biblioteca móvel é um espaço que permite descontrair e expandir conhecimentos, enriquecendo não apenas as suas vidas pessoais, mas também promovendo a interacção e o intercâmbio entre colegas de trabalho.

 

Lam Cheong U (esquerda), vice-secretário-geral da Federação das Associações dos Operários de Macau e responsável pelo projecto da Casa dos Livros para Trabalhadores, e Fong Cho Hou (direita), gerente da livraria da Casa dos Livros, esperam que no futuro sejam desenvolvidas mais atividades para proporcionar uma melhor experiência aos trabalhadores e aos residentes.
Lam Cheong U (esquerda), vice-secretário-geral da Federação das Associações dos Operários de Macau e responsável pelo projecto da Casa dos Livros para Trabalhadores, e Fong Cho Hou (direita), gerente da livraria da Casa dos Livros, esperam que no futuro sejam desenvolvidas mais atividades para proporcionar uma melhor experiência aos trabalhadores e aos residentes.

 

A Casa dos Livros para Trabalhadores está aberta a todos os grupos de pessoas, fornecendo um espaço para os leitores lerem livros de humanidades, ciências sociais, política, economia e finanças.
A Casa dos Livros para Trabalhadores está aberta a todos os grupos de pessoas, fornecendo um espaço para os leitores lerem livros de humanidades, ciências sociais, política, economia e finanças.

 

 

Salão literário no terraço

Para tornar possível que a leitura de obras literárias penetre realmente na comunidade, os intelectuais não podem estar ausentes. A “Associação dos Escritores de Macau”, uma organização sem fins lucrativos que reúne escritores de Macau, possui recursos intelectuais excepcionais e vantajosos. O sentido de missão de trazer a literatura para junto da comunidade de Macau, impulsiona-os a continuamente criar plataformas que insiram a força da escrita jovem na comunidade. Este ano, a Associação organizou uma série de eventos muito populares entre os jovens entusiastas da escrita, denominada “Voz de Macau: Salão de Discussão sobre Criação Literária Jovem”. A Wine Macau, que “possivelmente possui o melhor terraço com vista para as Ruínas de São Paulo”, foi o local escolhido para a realização do evento, reunindo amigos à volta do vinho e da literatura, promovendo a “Leitura Divertida na Comunidade”.

Diferente dos anteriores salões literários, considerados de alto nível inicial de entrada e demasiado intelectual para ser popular, o “Voz de Macau: Salão de Discussão sobre Criação Literária Jovem” tem um ponto de partida muito mais “amigável”. A presidente da Associação dos Escritores de Macau, Lio Chi Hing, afirmou com um sorriso, “Esperamos que mais jovens de Macau, apaixonados pela escrita, participem com ousadia neste lugar com uma atmosfera agradável, onde podem degustar um pouco de vinho e até combinar formas de expressão cultural mais interessantes, como dança e ópera, entre outras, para partilhar e conhecer as obras dos jovens escritores de Macau. A literatura, em si, não é algo assim tão sério.

Promover as obras dos jovens escritores de Macau visa impulsionar a herança literária. O organizador, Kam Un Loi, é o representante dos escritores de Macau nascidos depois de 2000, pelo que, todo o evento está programado de acordo com as preferências dos jovens de hoje em dia. A primeira edição com o tema “Silhueta urbana: A Imagem de Macau nas Obras dos Jovens Escritores Macaenses”, seleccionou várias obras relevantes dos jovens escritores, que foram compiladas e impressas em livro distribuído aos membros presenciais. De seguida, os autores lideraram a leitura de excertos dessas obras, convidando também escritores ou académicos de renome da Grande Baía para dar a sua opinião, provocando uma interacção animada entre os presentes.

Além das obras literárias em si mesmas, os destaques do salão estendem-se também às bebidas e às belas paisagens. Derek, o proprietário da Wine Macau, que brinca dizendo ser um “literato de meia-idade que ficou atrasado devido à abertura de um restaurante”, acrescentou: “Sempre quisemos trazer a arte e a literatura para a comunidade, para que Macau tenha um ambiente mais diversificado. Utilizando este terraço com uma vista deslumbrante para realizar actividades em conjunto com a Associação dos Escritores de Macau, oferecemos aos jovens de Macau uma nova possibilidade de socialização literária, e ao mesmo tempo conhecem este local”. Segundo a Associação, o salão será realizado quatro vezes por ano com temas diversificados. Nas primeiras três edições, tem o formato de leituras individuais e debate sobre as obras, enquanto que o formato da última edição será de confraternização, aberto tanto ao público amante de literatura quanto aos membros da Associação.

 

Lio Chi Heng (centro), presidente da Associação dos Escritores de Macau, Kam Un Loi (esquerda), jovem escritor e organizador de eventos, e Derek (direita), proprietário da Wine Macau, discutir a oportunidade de colaborar nesta série de eventos.
Lio Chi Heng (centro), presidente da Associação dos Escritores de Macau, Kam Un Loi (esquerda), jovem escritor e organizador de eventos, e Derek (direita), proprietário da Wine Macau, discutir a oportunidade de colaborar nesta série de eventos.

 

Lio Chi Heng (centro), presidente da Associação dos Escritores de Macau, Kam Un Loi (esquerda), jovem escritor e organizador de eventos, e Derek (direita), proprietário da Wine Macau, discutir a oportunidade de colaborar nesta série de eventos.
Cartaz de “Voz de Macau: Salão Literário Juvenil - Episódio 2”
 

Nos cantos de leitura da cidade

Projecto de MODSA Book Crossing Box

O “Projecto de MODSA Book Crossing Box” é uma actividade temporária organizada pela Associação de Estudantes de Design Ultramarino de Macau para assinalar o Dia Mundial do Livro. Esta acção consiste em colocar uma caixa de livros itinerante dedicada aos designers em duas lojas no bairro antigo de Macau, com o objectivo de incentivar os residentes a apoiar o comércio local e, através da troca de livros, aprofundar os seus conhecimentos sobre design.

O presidente da Associação de Estudantes de Design Ultramarino de Macau, Hong Ka Lok, um dos organizadores da actividade, mencionou que, no início do projecto, a maioria dos livros seleccionados eram relacionados ao design, na esperança de atrair mais jovens interessados neste campo, para partilhar e participar neste projecto. Por isso, escolheram duas lojas populares entre os jovens para colocar as caixas de livros. À medida que a actividade prosseguiu, a variedade de livros nas caixas aumentou, incluindo também livros com temas como espiritualidade, literatura e empreendedorismo. As lojas parceiras relataram que as caixas de livros itinerantes proporcionaram mais tópicos de conversa com os clientes, estreitando as relações entre as pessoas. Com este feedback positivo, a Associação de Estudantes de Design Ultramarino de Macau decidiu manter a actividade, mas não restringir as caixas de livros a um único local. Em vez disso, permitirão que as caixas “viajem” temporariamente para diversos lugares, colaborando com escritórios, escolas, agências comerciais, entre outros, para partilhar o design e a leitura com mais pessoas.

 

 
O “Projecto de MODSA Book Crossing Box” será realizado continuamente em diferentes partes da cidade para promover a leitura junto do público.

 


Hong Ka Lok, organizador do“Projecto de MODSA Book Crossing Box

 

Clube de Leitura de Livros Ilustrados

Desde a fundação da Cuchi-Cuchi Bookhouse em 2018, a operadora da livraria, Lily Wong, tem reflectido sobre como melhor promover os livros ilustrados. Como parte da comunidade, ela acredita que as actividades de leitura podem fortalecer os laços entre as pessoas. Assim, desde actividades de leitura para pais e filhos, workshops, até ao Clube de Leitura de Livros Ilustrados, lançado no final de 2023, ela tem constantemente experimentado várias formas de proporcionar aos leitores experiências de leitura inovadoras, para despertar o interesse pela leitura.

A criação do Clube de Leitura de Livros Ilustrados surgiu no ano passado, quando a Lily organizou um encontro presencial para os alunos do curso de formação de instrutores de livros ilustrados. O evento recebeu elogios unânimes dos participantes, o que a motivou a dar continuidade à actividade e a abrir o clube para todos os adultos, oferecendo uma experiência de leitura especializada. Para equilibrar o gerenciamento da livraria e a promoção da leitura, ela estabeleceu uma pequena taxa de participação, com o desejo de incentivar os participantes a valorizar mais a oportunidade de participar no clube de leitura. Actualmente, o clube realiza encontros mensais, sempre com um tema diferente de livros ilustrados. Os participantes podem trazer os seus próprios livros relacionados ao tema ou escolher livros na livraria para partilhar e ler em conjunto, trocando impressões com os outros participantes. A Lily mencionou que o grupo de participantes é composto principalmente por assistentes sociais, professores e entusiastas de ilustração. Embora não se conhecendo previamente, reúnem-se devido ao amor pela leitura, partilham e trocam experiências, o que é a realização mais gratificante para ela.

 

O Clube de Leitura de Livros Ilustrados é um evento mensal temático que serve de plataforma para as pessoas partilharem a alegria da leitura.
O Clube de Leitura de Livros Ilustrados é um evento mensal temático que serve de plataforma para as pessoas partilharem a alegria da leitura.

 

Lily Wong, operadora da Cuchi-Cuchi Bookhouse
Lily Wong, operadora da Cuchi-Cuchi Bookhouse

 

#Que atividades a Biblioteca Pública do Instituto Cultural organizou para promover a "leitura comunitária"?

01 Trocar Um Livro Por Outro

Público-alvo: Todos

Várias sessões de “Trocar Um Livro por Outro” têm sido realizadas em diferentes comunidades de Macau, que foram muito bem recebidas pelos residentes. Os participantes podem trocar os seus livros com outras pessoas, criando uma plataforma estável de troca de livros que aumenta a circulação de recursos de leitura na comunidade. Em muitas dessas actividades, é comum ver pais a trazer os seus filhos para incentivar o hábito de leitura desde cedo. A actividade “Trocar Um Livro Por Outro” não só promove a sustentabilidade e o não-desperdício, mas também enriquece a vida espiritual dos residentes e desempenha um papel positivo na construção da civilização espiritual da comunidade.

 

02 Biblioteca “POP-UP”

Público-alvo: Todos que por aqui passam

Uma biblioteca também pode “aparecer” nas ruas? Sim, estamos a falar da Biblioteca “POP-UP” lançada pela Biblioteca Pública do Instituto Cultural. Recentemente, em várias áreas públicas de Macau, surgiram instalações de livros coloridas, são pequenas bibliotecas s que “aparecem” nas comunidades, permitindo que os residentes escolham os seus livros preferidos. Esta actividade é como se fosse uma aparição de surpresa no mundo da leitura, que constrói pequenos oásis de leitura nas comunidades, promovendo uma cultura de leitura para todos e permitindo que as sementes da leitura se enraízem e cresçam por toda a cidade.

 

03 Serviço de entrega de livros

Público-Alvo: Organizações de bem-estar social, Organizações sem fins lucrativos, Escolas

A Biblioteca Pública do Instituto Cultural oferece desde 2020, serviços de entrega de livros, facilitando o acesso a organizações de bem-estar social, organizações sem fins lucrativos, escolas e lares de idosos. Às entidades elegíveis podem ser emprestados até 200 itens de material bibliográfico de cada vez, para uso gratuito pelos seus membros ou alunos. A Biblioteca Pública do Instituto Cultural entrega os materiais bibliográficos solicitados directamente às organizações correspondentes.  Seja nas instalações das organizações de bem-estar social, nos cantos das escolas ou nos lares de idosos, o poder dos livros pode alcançar todos os lugares. Através deste serviço, utilizando os livros como ponte, conectam-se diferentes grupos sociais, permitindo que o poder da leitura aqueça todos os cantos da cidade, contribuindo para todos juntos criar uma atmosfera social rica em literatura.

 

04 Cacifos Automatizados para o Levantamento de Livros nas Escolas

Público-alvo: professores e alunos

A mais nova tendência de leitura nos campus é os “cacifos automatizados para o levantamento de livros”, facilitando o acesso ao conhecimento. Os estudantes apenas precisam de aceder ao site da Biblioteca Pública do Instituto Cultural, à aplicação “A Minha Biblioteca", ou à plataforma “Livros Requisitados” da Conta Única de Macau, para pesquisar os materiais desejados e seleccionar o cacifo automatizado para o levantamento de livros da sua escola como ponto de recolha, facilitando assim, os levantamentos dos livros requisitados para empréstimo. Actualmente, 9 escolas em Macau possuem esses armários, com previsão de aumento para 12 escolas até ao final do corrente ano, promovendo o conhecimento e a conveniência lado a lado, fazendo da leitura parte integrante da vida no campus.

 

Leitura na comunidade incentiva à participação de todos - Entrevista exclusiva com Kou Seng Man, Presidente do Instituto Internacional de Pesquisa Académica (Macau)

Uma cultura de leitura na comunidade é um processo a longo prazo que requer paciência e esforços contínuos para a cultivar. Como afirmou o Dr. Kou Seng Man, Presidente do Instituto Internacional de Pesquisa Académica (Macau), que desde há alguns anos tem desenvolvido actividade nas áreas de serviços sociais e investigação académica s, “Na promoção da leitura na comunidade e na construção de uma ‘Cidade da Leitura’, é necessária e indispensável a estreita cooperação entre indivíduos, famílias, escolas, associações e o Governo”.

Nos últimos anos, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau tem-se dedicado a optimizar as infraestruturas e recursos das bibliotecas públicas, bem como a lançar uma ampla gama de recursos de leitura e actividades promocionais; iniciativas como encorajar os jovens e as crianças a visitar bibliotecas e para fomentar o hábito de leitura entre pais e filhos, têm aumentado o interesse dos residentes pela leitura e facilitado a sua participação. No entanto, embora o número de actividades promocionais e livros esteja a aumentar, Kou Seng Man salientou que a atenção deve também ser direccionada para a melhoria da qualidade, incluindo o fornecimento de materiais de leitura multilingues e multiculturais e o apoio a obras publicadas localmente. Ele explicou: “Macau beneficia da força da ‘Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa’, resultandon uma maior abundância de livros em língua portuguesa do que qualquer outra região, e essa singularidade deve ser evidenciada. Além disso, também sugiro apoiar os autores de Macau e as suas obras e promovê-los junto do grande público, uma vez que a promoção de obras locais também pode reforçar a identidade cultural e a criatividade do público”. Ao mesmo tempo, Kou Seng Man também está atento à actividade “Trocar Um Livro por Outro” lançada este ano pela Biblioteca Pública. Ele concordou que esta actividade concretizou a troca e partilha de recursos das bibliotecas, o que reduz o “custo da leitura” para o público. No entanto, ao mesmo tempo, sugeriu também que a Biblioteca Pública deveria cooperar com diferentes organizações comunitárias para estabelecer mais caixas de livros à deriva gratuitos, que poderiam satisfazer as necessidades de pessoas de diferentes estratos sociais, e também aumentar a circulação de livros na comunidade e a conveniência da leitura para o público.

Embora a promoção contínua da leitura na comunidade seja essencial, o apoio familiar também desempenha um papel vital. Como pai de dois filhos, Kou Seng Man partilhou a sua experiência pessoal: “Quando os meus filhos eram pequenos, muitas vezes lia livros de histórias com eles e encorajava-os a escrever sobre o que liam, o que gradualmente cultivou o seu interesse pela escrita. Com o tempo e os esforços acumulados, as suas capacidades de escrita melhoraram ao longo do tempo. No ano passado, os dois irmãos até publicaram as suas primeiras obras co-escritas.” Portanto, Kou também incentiva os pais a tentar ler mais com os seus filhos e a trocar experiências de leitura com eles, não apenas para desenvolver um hábito de leitura duradouro, mas também para melhorar a relação entre pais e filhos.

 

Dr. Kou Seng Man, Presidente do Instituto Internacional de Pesquisa Académica (Macau)
Dr. Kou Seng Man, Presidente do Instituto Internacional de Pesquisa Académica (Macau)

 

#Quantas pessoas visitaram a Biblioteca Pública do Instituto Cultural no primeiro trimestre de 2024?

As actividades promocionais externas da Biblioteca Pública do Instituto Cultural têm sido muito populares, não apenas aumentando a influência social da biblioteca, mas também estimulando o entusiasmo dos residentes pela leitura. No primeiro trimestre de 2024, recebemos cerca de 660.000 visitantes, um aumento significativo de quase 20% face ao ano de 2023 no período homólogo em que recebemos cerca de 560.000 visitantes.

Em termos de empréstimos de livros, também testemunhamos uma procura contínua por obras para leitura. No primeiro trimestre de 2024, o número de leitores que efectuou o pedido de empréstimo de livros foi de aproximadamente 70.000, um aumento de quase 10% em relação aos cerca de 64.000 leitores do período homólogo de 2023.