UMA ABORDAGEM HISTÓRICA: SAIBA MAIS SOBRE LIVROS RAROS OCIDENTAIS

 

O subdirector da Biblioteca Nacional da China, Zhang Zhiqing, referiu uma vez sobre o mercado de colecções privadas de livros ocidentais raros numa entrevista, que “apenas quando os livros ocidentais raros atraem o interesse de coleccionadores do nosso próprio país, podemos dizer que a nossa cultura de colecção é verdadeiramente internacionalmente orientada.”*1 Na mesma linha, pode-se justificar que uma cidade esteja estreitamente ligada com o mundo em termos culturais se a sua biblioteca pública tiver uma colecção rica de livros em línguas ocidentais. Apesar de ser uma cidade pequena com uma população, Macau ostenta uma rara colecção de livros que não deve ser menosprezada, com incontáveis “tesouros” escondidos na Biblioteca do Edifício do IACM, apenas.

                                                                                         

*1: citação do artigo intitulado Culture Continues in the People na edição 998 de Chinese Social Sciences Today datada de 1 de Julho de 2016.

A MAIOR BIBLIOTECA DE LIVROS OCIDENTAIS RAROS EM MACAU - BIBLIOTECA DO EDIFÍCIO DO IACM

 

Qualquer pessoa que tenha visto fotograf ias ou que tenha feito uma visita à Biblioteca do Edifício do IACM f ica imediatamente encantada pelo design do interior que se assemelha a cenas dos filmes Harry Potter. A capacidade de parar no tempo não é comum a todas as bibliotecas, para não dizer que esta é a biblioteca com a colecção mais rica de livros ocidentais raros em Macau! Estas duas características são razões suficientemente convincentes para visitar e explorar a Biblioteca.

 

História e Estilo de Design Arquitectónico

A Biblioteca do Edifício do IACM, que se encontra na dependência do Departamento de Gestão de Bibliotecas Públicas do Instituto Cultural do Governo da R.A.E. de Macau, foi inaugurada em 1929 com um design baseado na Biblioteca do Convento de Mafra em Portugal, que confere à biblioteca com uma atmosfera elegante e clássica. Fazem ainda parte da Biblioteca duas salas de luxo com características típicas do design clássico europeu, com filas de prateleiras em madeira densamente empilhadas até ao tecto das quatro paredes. Quando viramos a cabeça e olhamos em volta, deparamos com um tecto realmente extraordinário, adornado com motivos dourados em relevo entalhados com um toque clássico, reproduzindo o estilo rococó dos dias de Luis XV. Aqui os leitores podem imergir no ambiente dos literatos enquanto saboreiam o ambiente da vida de luxo dos aristocratas europeus do passado.

 

 

A primeira biblioteca pública de Macau foi criada tão cedo quanto 1895 – a Biblioteca Nacional de Macau – afiliada ao Liceu de Macau (Escola Nacional do Liceu de Macau) e mais tarde transferida várias vezes com a Escola até à inauguração do Edifício do Leal Senado. A Biblioteca, que foi então transferida para o edifício, tornou-se a única biblioteca pública de Macau na época e é agora a Biblioteca do Edifício do IACM. Foi também a predecessora da Biblioteca Central de Macau.

 

Colecção Abundante de Livros Ocidentais Raros

A Biblioteca do Edifício do IACM alberga uma colecção de cerca de 20,000 livros e periódicos sobre uma ampla variedade de campos em muitas línguas estrangeiras, incluindo Português, Inglês, Francês, Espanhol e Latim, entre outras. A colecção consiste de itens sobre muitos disciplinas diferentes tais como literatura, história, geografia, medicina, direito e sinologia. Alguns dos livros raros pertenciam a colecções privadas doadas por portugueses e macaenses residentes em Macau, e alguns por antigos departamentos e órgãos governamentais.

 

INVESTIGADORA DE LIVROS OCIDENTAIS RAROS DRA. STELLA LEE SHUK YEE: DESCOBRIR A BELEZA DO CHINÊS NOS LIVROS OCIDENTAIS RAROS

 

“Este livro já tem mais de 300 anos. Foi escrito pelo primeiro jesuíta francês na China, Nicolas Trigault (1577-1628). Tem um tamanho muito pequeno, como os livro de bolso, porque as pessoas naquele tempo viajavam a cavalo e os livros publicados neste formato podiam ser colocados em pequenas caixas ou precintas de couro, e retirados e lidos em qualquer altura”, referiu avidamente Stella da Biblioteca do Edifício do IACM apresentando os  diferentes livros raros que estão sobre a mesa. “Vou fechar estes livros raros porque são muito antigos. Seria muito cansativo para eles continuar a dobrar os seus cadernos para trás” Sempre a estimar os livros raros como os seus amigos, Stella referiu que todos os livros raros na Biblioteca são os seus melhores ‘amigos silenciosos’. Não dizem uma palavra mas têm muitas histórias para contar.

Stella é f luente em inglês, francês e português, e tem vindo a estudar livros ocidentais raros na Biblioteca há mais de década. Na sal opinião, um livro que é considerado “raro” deve preencher os requisitos dos 3A2S: Idade(Age), Estéticas(Aesthetics), Associação (Association), Escassez(Scarcity)e Tema(Subject). Empenhouse nos estudos de livros raros sobre sinologia e áreas relacionadas, e espera mudar o preconceito que o público tem de achar que os livros raros são “aborrecidos”. “Gostava de que todos percebessem a beleza da cultura chinesa e dos caracteres chineses. Na verdade, os estrangeiros começaram a estudar os chineses e a cultura chinesa há centenas de anos e os livros raros que estão à nossa frente são testemunhos disso mesmo. Os dicionários que compilaram não apenas dão explicações sobre os caracteres em si, mas também sobre as suas conotações.” Com as luvas postas, Stella mostrou-nos cuidadosamente An English and Chinese Dictionary compilado por Robert Morrison (1782-1834) e disse: “Por exemplo, o Dicionário não apenas explica o significado literal da palavra “enigmas da lanterna” mas também dá exemplos; o caracter “ 月” (lua) escrito de forma inclinada tem o significado oculto de “lua inclinada”. Todos estes estão claramente indicados no Dicionário.

Os estudos sobre livros raros não podem ser concluídos de um dia para o outro devido às amplas áreas de conhecimento que abrangem. “É como resolver enigmas quando se levam a cabo estudos sobre livros raros. É uma espécie de estudo das humanidades que pode ser entendido de formas diferentes por cada individuo … o que quer dizer que o que eu disse pode não ser absolutamente correcto. No entanto, gosto muito do processo. Por vezes, quando não nos é possível ir para além de um ponto num livro, pousamo-lo e um dia podemos encontrar outro ponto num outro livro, que liga o ponto anterior a uma linha e depois o expande para uma superfície. É assim que estes “velhos amigos” meus me fazem aprender coisas diferentes e vasculhá-los profundamente, o que me traz uma satisfação sem fim”, disse Stella com um sorriso.

 

Stella mostrando o Regni Chinensis Descriptio, um livro raro com mais de 300 anos escrito por Nicolas Trigault.

 

Colisão e Intercâmbio: Um Sumário de Livros Raros em Línguas Estrangeiras na Biblioteca Central de Macau

Stella compilou um livro intitulado Colisão e Intercâmbio: Um Sumário de Livros Raros em Línguas Estrangeiras na Biblioteca Central de Macau com base nos livros estrangeiros raros que estudou na biblioteca. O livro consiste de títulos e sinopses de 114 dos livros raros em línguas estrangeiras mais representativos guardados na Biblioteca Central de Macau, incluindo o primeiro jornal alguma vez publicado em território chinês (Macau) por impressão de tipos móveis, a obra publicada em Macau On the Poetry of Chinese de Sir John Francis Davis, que residiu em Macau antes do estabelecimento de Hong Kong como porto livre e que se tornou depois o segundo governador de Hong Kong; e traduções do《聖諭廣訓》(Édito Sagrado do Imperador Kangxi) em Inglês, Francês, Português e Latim, entre outras obras.

SELECÇÃO DE ITENS RAROS EM LÍNGUAS OCIDENTAIS – LIVROS

Aqui seleccionamos vários livros ocidentais raros que são os mais representativos da colecção da Biblioteca, registando alguns o tratado sino-português de comércio durante a dinastia Qing e alguns dicionários produzidos por missionários para propagar as culturas chinesa e ocidental no passado. Estes livros, que serviam principalmente de obras de referência da época, agora possuem um importante valor para os estudos históricos e são testemunhos importantes do intercâmbio cultural sino-ocidental em Macau.

 

1 - An English and Chinese Dictionary (Dicionário de Chinês-Inglês)

Robert Morrison (1782-1834)

An English and Chinese Dictionary foi compilado por Robert Morrison (1782-1834), um missionário na China da London Missionary Society em 1807, e publicado por P. P. Thoms em Macau em 1822. O Dicionário é a Terceira parte da publicação – A Dictionary of the Chinese Language, in Three Parts (Um Dicionário da Língua Chinesa, em Três Partes ) – compreendido por seis volumes em três partes. Morrison adicionou bastantes terminologias à obra e estabeleceu comparações entre o conhecimento ocidental e da China na epoca, procurando fazer uma introdução aos conceitos ocidentais que ainda não tinham sido desenvolvidos na China.

 

2 - Regni Chinensis Descriptio

Nicolas Trigault (1577-1628)

Regni Chinensis Descriptio, o primeiro volume de De Christiana expeditione apud Sinas suscepta ab Societate Jesu, é um livro raro em latim escrito por Nicolas Trigault (1577-1628), que introduz principalmente a história, geografia e cultura chinesas ao ocidente. O livro raro foi publicado por Elzeviriana em 1639 no tamanho de 11 x 6 x 2cm.

 

3 - Diccionario china-portuguez

por J. A. Gon.alves.

Macao: Real Collegio de S. José, 1833

Compilado pelo sinólogo português Joaquim Afonso Gonçalves (1781-1841) e publicado pelo Real Collegio de S. José em 1833, o Diccionario china-portuguez é um dos livros de referência mais importantes e o mais antigo dicionário chinês-português entres as outros homólogos existentes em Macau. O sinólogo era Lazarista, membro da Congregação de Padres da Missão–uma congregação reputada em Macau–e foi considerado o sinólogo mais influente da época.

 

4 - A Chinese Dictionary in the Cantonese Dialect (Um Dicionário Chinês no Dialecto Cantonense)

by Ernest John Eitel

Hong Kong: Lane Crawford, 1877

Ernest John Eitel (1838-1908), nascido em Württemberg, na Alemanha, tornou-se missionário após tornar-se membro da Missão de Basel ainda novo e permaneceu na China durante mais de 30 anos. Em 1859, foi enviado para o Distrito de Lilang no Região de Xin’an (mais tarde designada Região de Bao’an), em Guangdong para trabalho missionário. Mais tarde, em 1865, ingressou na London Missionary Society e foi responsável por trabalho missionário na região de Poklo da etnia Hakka em Guangdong. Em 1870, começou a trabalhar para o Governo de Hong Kong, tendo servido como conselheiro do Expediente Estrangeiro e como intérprete para o Supremo Tibunal de Hong Kong. Fez também algumas contribuições para o estabelecimento do Po Leung Kuk em Hong Kong. Eitel transliterou os tons do cantonense com base na obra de um predecessor dedicado a estes estudos–《分韻撮要》(um Dicionário Tónico da Língua Chinesa no Dialecto de Cantão), procurando estandardizar os tons do cantonense revendo algumas incorrecções da obra.

 

Para além de livros, a Biblioteca do Edifício do IACM alberga também 49 jornais antigos em línguas estrangeiras publicados entre 1822 e 1957.

 

1 -   A Abelha da China

A Abelha da China foi estabelecido em Macau no dia 12 de Setembro de 1822 por portugueses do Partido Constitucional após este ter derrubado o Partido Conservador, sendo o editor-chefe, um frade reformista dominicano. Foram publicados um total de 67 números antes da sua suspensão no dia 27 de Dezembro de 1823 devido à restauração da monarquia em Portugal.

 

2 - Echo Macaense

O jornal bilingue chinês-português Echo Macaense foi estabelecido em 1893 (19o ano do reinado do Imperador Guangxu da dinastia Qing). A versão chinesa, com o nome《鏡海叢報》, foi mais tarde eliminada em 1895 e a versão portuguesa, denominada Echo Macaense: Seminário Luso Chinez, em 1899. Apesar dos conteúdos diferentes das duas versões, ambas principalmente dedicadas a assuntos políticos, económicos e sociais, entre outros, e eram impressos pela Tipografia Mercantil fundada em 1855, sendo o impressor e editor Nicolau Tolentino Fernandes.

Sendo o primeiro jornal na China moderna estreitamente relacionado com o classe burguesa e a reforma democrática, registou as actividades do Dr. Sun Yat-sen em Macau e Guangzhou, servindo como uma importante referencia para o estudo da sua vida.

 

Como pedir emprestado livros estrangeiros raros?

Os visitantes podem dirigir-se à Biblioteca do Edifício do IACM durante o horário de expediente (13:00 às 19:00 horas de Segunda a Sábado). A Biblioteca permite aos leitores o acesso a cópias de certos livros raros, mas o serviço de empréstimo de livros raros não está disponível. Os leitores que desejem ter acesso aos livros originais devem submeter um pedido ao Departamento de Gestão de Bibliotecas Públicas do Instituto Cultural indicando as razões de empréstimo, mas apenas podem ter acesso aos livros raros originais no interior da Biblioteca após a obtenção de autorização.。

SELECÇÃO DE ITENS RAROS EM LÍNGUAS OCIDENTAIS – PERIÓDICOS

 

Para além de livros, a Biblioteca do Edifício do IACM alberga também 49 jornais antigos em línguas estrangeiras publicados entre 1822 e 1957.

 

1 -   A Abelha da China

A Abelha da China foi estabelecido em Macau no dia 12 de Setembro de 1822 por portugueses do Partido Constitucional após este ter derrubado o Partido Conservador, sendo o editor-chefe, um frade reformista dominicano. Foram publicados um total de 67 números antes da sua suspensão no dia 27 de Dezembro de 1823 devido à restauração da monarquia em Portugal.

 

2 - Echo Macaense

O jornal bilingue chinês-português Echo Macaense foi estabelecido em 1893 (19o ano do reinado do Imperador Guangxu da dinastia Qing). A versão chinesa, com o nome《鏡海叢報》, foi mais tarde eliminada em 1895 e a versão portuguesa, denominada Echo Macaense: Seminário Luso Chinez, em 1899. Apesar dos conteúdos diferentes das duas versões, ambas principalmente dedicadas a assuntos políticos, económicos e sociais, entre outros, e eram impressos pela Tipografia Mercantil fundada em 1855, sendo o impressor e editor Nicolau Tolentino Fernandes.

Sendo o primeiro jornal na China moderna estreitamente relacionado com o classe burguesa e a reforma democrática, registou as actividades do Dr. Sun Yat-sen em Macau e Guangzhou, servindo como uma importante referencia para o estudo da sua vida.

 

Como pedir emprestado livros estrangeiros raros?

Os visitantes podem dirigir-se à Biblioteca do Edifício do IACM durante o horário de expediente (13:00 às 19:00 horas de Segunda a Sábado). A Biblioteca permite aos leitores o acesso a cópias de certos livros raros, mas o serviço de empréstimo de livros raros não está disponível. Os leitores que desejem ter acesso aos livros originais devem submeter um pedido ao Departamento de Gestão de Bibliotecas Públicas do Instituto Cultural indicando as razões de empréstimo, mas apenas podem ter acesso aos livros raros originais no interior da Biblioteca após a obtenção de autorização.。

FACTOS INTERESSANTES SOBRE LIVROS OCIDENTAIS RAROS

 

Livros Ocidentais Raros Altamente Procurados nos Mercados de Leilões

 

Na última década, os livros ocidentais raros tornaram-se cada vez mais reconhecidos nas regiões onde se fala chinês. As bibliotecas e os coleccionadores privados adquirem livros estrangeiros raros principalmente através de leilões, os quais têm uma história de mais de 260 anos – muitos dos primeiros leilões da Sotheby’s e da Christie’s eram leilões de livros estrangeiros raros. Por exemplo, um livro raro da Biblioteca do Edifício do IACM, o livro de bolso Regni Chinensis Descriptio acima mencionado, apareceu num leilão no Interior da China. Atraiu licitações intensas entre coleccionadores e foi eventualmente vendido pelo preço elevado de CNY72,800.

Outro grupo especial de autores que desfruta de um estatuto equivalente e respeito como missionários, são os emissários. Estes visitavam a China em grupos no séc. XVIII como representantes oficiais dos seu países natais e subsequentemente publicaram as memórias das suas viagens após regressarem a casa. O mais conhecido destas intitula-se An Historical Account of the Embassy to the Emperor of China (Um Relato Histórico da Embaixada ao Imperador da China), escrito pelo secretário da embaixada e 1º Baronete, Sir George Staunton, publicado em inglês em dois volumes em Londres em 1797. O primeiro volume contém um retrato do Imperador Qianlong ilustrado pelo desenhador da embaixada William Alexander, enquanto o segundo volume contem o retrato de Lord Macartney por Thomas Hickey. Duas cópias dos registos documentais, em inglês e francês, foram vendidas recentemente em leilões pelos elevados preços de CNY24,640 e CNY35,840, respectivamente.

(Fonte: artigo intitulado Cathay Bookshop autumn auctions 2010 unveils new exciting items, putting up thread-bound large-character books for first auction na China Press datado de 19 Novembro de 2010)

 

Que outras bibliotecas na Zona da Grande Baía coleccionam livros ocidentais raros?

 

Biblioteca da Universidade Sun Yat-sen

O Salão dos Tesouros na Biblioteca da Universidade de Sun Yat-sen em Guangzhou colecciona um grande número de textos ocidentais de valor incalculável incluindo documentos em inglês, alemão, francês e latim do séc. XVII ao séc. XX, muitas das quais são mesmo primeiras edições. Os livros estrangeiros relacionados com a China são especialmente preciosos. O Repositório Chinês, por exemplo, é uma publicação típica na China escrita a partir de perspectivas de estrangeiros, sendo um referência importante.

 

Biblioteca da Universidade Chinesa de Hong Kong

A Biblioteca da Universidade Chinesa de Hong Kong alberga uma colecção especial de obras em línguas ocidentais publicadas antes de 1900 incluindo a conhecida An Authentic Account of an Embassy from the King of Great Britain to the Emperor of China escrita por Sir George Staunton (1798), The Costume of China de George Henry Mason (1800), La Chine et les Chinois de Pierre-Henri-Stanislas d’Escayrac de Lauture (1877) e Peking: Histoire et Description de Alphonse Favier (1897).

 

Biblioteca da Universidade de Macau

Os livros raros da Sala da Colecção de Livros Raros na Biblioteca da Universidade de Macau foram adquiridos através de aquisição e doações – a maior parte doações do Sr. Ho Yin(何賢)e do Sr. Chan Kwan-po(陳君葆). Existem aí aproximadamente 1250 tipos de livros ocidentais raros e publicações antigas, a maior parte das quais são obras literárias publicadas em países europeus e nos Estados unidos entre 1890 e 1920 assim como publicações antigas de Macau. Após o encerramento da secção portuguesa em Julho de 1999, o Colégio Dom Bosco deu, com a ajuda de uma das professoras, Ana Bella, 2500 livros à Universidade incluindo cerca de 500 tipos de livros ocidentais raros e de publicações antigas de Macau.