Este Outubro, em plena estação outonal, que impressão deixa Macau naqueles que aqui vivem e em quem vem de fora, agora que a cidade carregou no botão de reiniciar? Certamente, não voltará a ser apenas o velho estereótipo de uma cidade estonteante onde o luxo reina. De um momento para o outro, começou a surgir a curiosidade e a vontade de explorar o “carácter” único desta cidade, de descobrir os seus “segredos” mais íntimos. Neste número de Os Livros e a Cidade, daremos a conhecer aos nossos leitores os segredos de três conceitos-chave: “Cidade da Poesia”, “preservação” e “inocência infantil”.

O primeiro conceito-chave, “Cidade da Poesia”, leva-nos a pensar em Macau como cidade poeticamente fértil, onde poetas de diferentes idades competem por “abrir caminho” e onde eles são vistos, lidos, apreciados e elogiados. Os aficionados da poesia empenham-se, por sua vez, em ser esponjas, de modo a absorver o máximo possível destes textos poéticos. Nesta edição, entrevistámos quatro poetas de Macau, os quais afirmam unanimemente a influência positiva do estatuto de Macau como “Cidade da Poesia” nas suas obras, apontando assim para a reconstrução de Macau como cidade multifacetada e poética.

O segundo conceito-chave é “preservação”. O clima do sul da China é húmido durante todo o ano. Como preservar os nossos livros favoritos neste clima é, de facto, uma questão fundamental. O que fazer se um dos nossos livros de poemas favoritos ganhar humidade ou bolor? A secção “Colocando Dúvidas à Biblioteca” propõe soluções para este problema, sugerindo técnicas de “primeiros socorros” a que qualquer pessoa poderá recorrer. Para esta edição, também entrevistámos Filip Vu Vai Kiong, um técnico superior da Divisão de Desenvolvimento de Recursos Bibliográficos, responsável pela gravação de microfichas, para desvelar o mistério e a “verdadeira face” das mesmas e perceber a destreza com que Filip consegue esconder o “tempo” num microfilme.

O terceiro conceito-chave é “inocência infantil”. Catarina Mesquita, protagonista da secção “Fala o Autor”, enfrentou muitos obstáculos até conseguir criar a editora infantil de Macau, a “Mandarina Books”. Na Rua é uma obra bilingue desafiante e de grande complexidade. Que história se esconde por trás deste livro?

Abra esta edição de Os Livros e a Cidade e descubra as respostas a todas estas questões, para ficar a conhecer um pouco mais sobre Macau.